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sábado, junho 09, 2012

A imagem do espelho

Ah... passei a manhã na cama, vendo TV e sem ter coragem de sair pra tomar café da manhã! É errado, eu sei. É que estava tão quentinho que eu não consegui me mexer muito não.


Mas prometo que a alimentação do dia vai ser bem bonitinha, viu? O almoço já foi, e o lanche programado pra tarde também vai ser delicioso, quentinho e magrinho.

Bom, a tarefa que a minha terapeuta passou para esta semana tem a ver com a imagem que eu vejo no espelho, pois a imagem que eu faço de mim não condiz com a minha realidade atual.




Aliás, eu nem me olho no espelho. Como isso pode ser possível? Simplesmente porque me habituei a fugir de espelhos. E substituí os espelhos por balanças. 

Pra mim, meu emagrecimento é medido pelos números que vejo no meu boletim de pesagem e nas balanças e não na imagem que está diante dos meus olhos.

Preciso me acostumar com minha nova (e definitiva) imagem. Preciso me ver, me analisar, me fotografar. Preciso me (re)conhecer e me (re)descobrir. Preciso ver qual meu real tamanho, quais roupas realmente me cabem, qual a numeração apropriada ao meu corpo.

Afinal de contas, é o espelho que me mostra como o mundo me vê. E, por fazer parte do mundo, tenho que me ver assim também!

Separei aqui uma matéria indicada para quem quer conhecer mais sobre a relação do espelho e do emagrecimento. Muito bem escrito a fundamentada o texto abaixo.


Compulsão por emagrecer: A imagem corporal e os distúrbios da alimentação


(clicar no título para ver fonte original)

De acordo com Cash (2002, citado por Oliveira, 2003), a imagem corporal é uma representação mental que o indivíduo faz de seu corpo, ou seja, de sua aparência física. É uma representação do “eu” no mundo externo.

Em outras palavras, é como a imagem do próprio corpo está formada e estruturada na mente do indivíduo e, portanto, a maneira como esse corpo apresenta-se para si próprio. Ela se origina e é construída através de situações e experiências vivenciadas, gerando mudanças constantes de acordo com o passar dos anos. Sendo assim, seu desenvolvimento começa no nascimento e termina com a morte (Santos, 2004).

Para Savoia (2003), essa imagem pode não representar o reflexo do espelho. Sendo que ter uma boa aparência, não significa ter uma imagem corporal positiva. Em sua publicação, a autora considera a imagem corporal como um estado de espírito.

A imagem corporal reflete o conceito de si mesmo e expressa representações do indivíduo. A partir disso, são perceptíveis aspectos como auto-conceito, sentimentos e insatisfações relacionados ao corpo ou partes dele. Descontentamentos com a imagem corporal podem levar a uma imagem corporal negativa, acarretando prejuízos associados à insatisfação, depreciação e distorções na auto-imagem (Almeida, Loureiro & Santos, 2002).

Segundo a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 (OMS, 1993), essa avaliação a respeito da auto-imagem, como sendo subjetiva, pode estar exagerada no seu tamanho ou forma das dimensões do esquema corporal.

De acordo com Myers (1998), as mulheres insatisfeitas com a auto-imagem percebem partes de seu corpo (como coxas, quadris e cintura) muito maiores do que realmente elas são.

Essa excessiva preocupação com um defeito imaginário na aparência física, pode ser um reflexo de uma distorção da imagem corporal, sendo que o relacionamento com o corpo pode ser considerado como um dos maiores problemas atuais. Essa distorção na auto-imagem pode levar o indivíduo a evitar contatos sociais, acarretando prejuízos sociais, ocupacionais, afetivos e nas demais áreas de funcionamento do mesmo, podendo até tornar-se uma obsessão de que a forma ou aparência de seu corpo é completamente grotesca.



Esse assunto tem sido alvo de recentes discussões e pesquisas por sua complexidade. Além de apresentar avaliações neuroperceptivas disfuncionais, essa questão também envolve dimensões afetivas (sentimentos) e comportamentais (atitudes), sendo que indivíduos portadores dessa distorção possuem uma auto-avaliação apenas centrada no seu peso e sua forma corporal (Claudino & Borges, 2002).

Quanto à etiologia dessa problemática, são principalmente considerados os aspectos socioculturais, na medida em que a sociedade dá grande importância à aparência física e essa condição pode desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento da distorção da imagem corporal (Assunção, 2002).

A baixa auto-estima também é um grande fator de risco para o desenvolvimento de uma vulnerabilidade para com os aspectos socioculturais (Myers, 1998).

De acordo com Adams (1977, citado por Saikali, Soubhia, Sacalfaro & Cordás, 2004), a sociedade discrimina os indivíduos considerados não-atraentes, que por sua vez, estão sujeitos a encontrarem ambientes sociais onde se sintam rejeitados e então seu desenvolvimento, repertório de habilidades sociais e seu auto-conceito são desencorajados. Enquanto que os indivíduos considerados atraentes encontram mais facilidade no desenvolvimento de repertórios cognitivos socialmente seguros e competentes.

Além da sociedade, a mídia estabelece e promove modelos ou ícones de beleza, que podem causar impacto nas pessoas, muitas delas sentem-se pressionadas em serem semelhantes para estarem dentro do padrão de beleza.

Diante de tal contexto, conforme descreve Cordás (2004), muitas pessoas, em sua maioria mulheres, podem apresentar comportamentos de risco para o desenvolvimento dos transtornos alimentares que serão brevemente explorados na seqüência.



Sábado 09/06/2012
CAFÉ DA MANHÃ
Acordei tarde e não comi
ALMOÇO
1 cumbuca de creme de moranga
2 CS de requeijão light
3 torradas integrais light
1 bergamota
LANCHE TARDE
1/4 papaia
1 CS de leite em pó desnatado
1 CS de capuccino light
2 cookies integrais
JANTAR
repolho, tomate, palmito
3 rap10 light
2 CS de creme de leite
molho 0% gordura
3 fatias de peito de peru
1,5 fatia de queijo minal light
1 bombom aberto + 2 taças de vinho
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